Sexta-feira, 14 de julho de 2017
Conselho de Ética aceita denúncia contra Ângela Portela e mais 5 senadoras por quebra de decoro
A senadora Ângela Portela (PDT), cuja atuação mediana no parlamento sequer lhe assegura uma candidatura confortável à reeleição no ano que vem, está no centro de uma polêmica ocasionada por atitudes nada convencionais e antidemocráticas, quando juntamente com outras colegas senadoras ocuparam a Mesa Diretora do Senado para impedir e tumultuar a votação da reforma trabalhista.
Por conta dessa gracinha juvenil e absolutamente irracional, Ângela e mais cinco senadoras da oposição vão responder a um processo no Conselho de Ética da Casa, que pode custar-lhe o mandato. É que ontem presidente do Conselho, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), aceitou a abertura de processo disciplinar contra elas. Inicialmente, se forem consideradas culpadas, as penas cabíveis para a denúncia são advertência e censura (verbal ou escrita).
Mas o Conselho de Ética pode entender que a acusação é mais grave do que uma denúncia e encaminhar a questão à Mesa para convertê-la em representação. No caso de representação, as penas podem ser a perda temporária do exercício do mandato ou a perda do mandato.
O senador João Alberto disse que o ato das senadoras foi antidemocrático e aconteceu à vista de todos. “Estavam, se não me falha a memória, 79 senadores assistindo àquele quadro horrível de quebra de ética e decoro parlamentar em pleno Plenário do Senado Federal. Assim sendo, eu tive que acolher a denúncia e estou fazendo as tratativas para encontrar um dia propício para a reunião do conselho”, disse.
A assessoria da senadora Ângela Portela disse que ela só vai se pronunciar sobre a aceitação da denúncia após conversar com as demais senadoras.